sábado, 29 de dezembro de 2012

O Pai Natal fez BTT

Na Lousa, sábado passado







domingo, 23 de dezembro de 2012

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Assembleia de Freguesia

A próxima Assembleia de Freguesia vai realizar-se no dia 28 de Dezembro, pelas 21h30m, no salão anexo à Junta de Freguesia, e terá a seguinte ordem de trabalhos:

Ponto 1 - Apreciar uma informação escrita do Presidente da Junta sobre a actividade exercida e a situação financeira da freguesia.

Ponto 2 - Apreciação e votação da proposta de "Opções do Plano e de Orçamento para o ano de 2013".

Os períodos de antes da ordem do dia e depois da ordem do dia, serão preenchidos nos termos do Regimento.

sábado, 15 de dezembro de 2012

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

A Igreja e os idosos

in: Semanário Reconquista, edição de ontem


No Parlamento toda a oposição votou contra a agregação das freguesias - PSD e CDS aprovam "extinção"

in: Semanário Reconquista, edição de ontem
(Clicar no recorte para ampliar)

sábado, 8 de dezembro de 2012

A montaria de hoje

Realizou-se hoje mais uma montaria organizada pela Acapel - Associação Desportiva de Caça e Pesca da Lousa, tendo sido abatidos cinco javalis, o maior dos quais, abatido pelo Mário Luis, pesava 110 quilos.



sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Bibliografia: “Esquema para uma Biografia da Cidade de Castelo Branco”

Da autoria de José Vasco Mendes de Matos e editado pelo autor em 1972, “Esquema para uma Biografia da Cidade de Castelo Branco” é um estudo sobre a cidade de Castelo Branco que inclui diversas referencias à Lousa.

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

David de Jesus Calaveiras

Faleceu no passado dia 25-11-2012, David de Jesus Calaveiras de 81 anos. Era natural de S. Miguel d’Acha e residia na Lousa. O funeral realizou-se para o cemitério da Lousa.

À família enlutada, Rabiscos Lousenses apresenta as mais sentidas condolências.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Escalos de Cima recebe Festival das Sopas

in: Semanário Reconquista, edição de hoje

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Providência cautelar contra redução de freguesias

in: Gazeta do Interior, edição de 21 de novembro

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Promessas de luta e mais luta

in: Gazeta do Interior, edição de 14 de novembro



quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Concelho ameaça com providência cautelar

in: Semanário Reconquista, edição de hoje
(Clicar no recorte para ampliar)

Reorganização Administrativa do Território - Conheça o novo mapa

in: Semanário Reconquista, edição de hoje
(Clicar no recorte para ampliar)

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

A Dança das Virgens na ilha Terceira - Açores

Numa recente viagem que fiz à ilha Terceira nos Açores, tive uma agradável surpresa.

Ao entrar no Centro Cultural e de Congressos de Angra do Heroísmo, mesmo junto à porta de entrada do auditório, deparei-me com um painel com uma fotografia da nossa Dança das Virgens, exposta ao lado de uma semelhante da povoação da Terra do Pão na ilha do Pico.

As fotos encontram-se identificadas, só que na nossa a etiqueta diz “Lousa – Fundão” em vez de “Lousa – Castelo Branco”.
Como se encontrava presente a Senhora Presidente da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, Drª Sofia Gonçalves, aproveitei a oportunidade para a elucidar desse engano solicitando a sua correcção, a que ela, muito simpaticamente, acedeu de imediato. À parte o engano, foi muito gratificante ver um pouco da nossa tradição e cultura em terras tão distantes.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Viola Beiroa ainda presente na Dança dos Homens

in: Jornal do Fundão, edição de hoje
(Clicar no recorte para ampliar)


Nota: Este destacável encontra-se incluido num artigo que ocupa as duas páginas centrais desta edição e que tem por titulo "Com a viola Beiroa, as mãos seguem o seu caminho"

"Danças das Virgens" candidata a património imaterial

in: Jornal do Fundão, edição de hoje
(Clicar no recorte para anpliar)


(Esclarecimento de Rabiscos Lousenses: A candidatura a património imaterial, referida neste artigo, não se refere apenas à Dança das Virgens, pois inclui também a Dança dos Homens e a Dança das Tesouras.)

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Bibliografia: “Festas e Tradições Portuguesas - Maio”

Da autoria de Jorge Barros e Soledade Martinho Costa e editado pelo Círculo de Leitores em Setembro de 2002, “Festas e Tradições Portuguesas” é, como o nome indica, uma colectânea seleccionada de diversas festas e tradições portuguesas que têm lugar no mês de Maio e onde se inclui a Festa de Nossa Senhora dos Altos Céus, com toda a sua história e originalidade.

São onze páginas recheadas de excelentes fotografias recolhidas na festa do ano 2000 acompanhadas de texto explicativo das origens e preceitos da festa onde as nossas danças ocupam um lugar de destaque.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Quem foi Guilhermino Augusto de Barros

Guilhermino Augusto de Barros nasceu em São Faustino - Peso de Régua em 17-11-1828 no seio de uma família de pequenos lavradores locais, filho único de Francisco Manuel de Barros e de Maria Máxima. Faleceu em Lisboa no dia 16-04-1900 e jaz sepultado no jazigo de família, no Adro da Igreja de Alvações do Corgo.

Foi Bacharel em Direito pela Universidade de Coimbra onde foi condiscípulo de Manuel Vaz Preto Giraldes, de quem ficou grande amigo ao longo de toda a vida. Casou, em 1850, com Júlia Vaz Preto Giraldes, meia irmã de Manuel Vaz Preto Giraldes, que vivia em Lisboa num convento e que depois de casar, foi com o marido viver para a Lousa para casa do seu meio-irmão.

Foi na Lousa que Guilhermino Augusto de Barros e Júlia Vaz Preto Giraldes tiveram e baptizaram dois filhos:

- Guilhermino Augusto de Barros Vaz Preto Giraldes, nasceu na Lousa em 06-07-1871 e foi baptizado nesse mesmo ano, tendo como padrinhos o P.e Joaquim Augusto de Barros e D. Maria Joanna. Casou em 1897 em Coimbra com Maria de Sande Mexia Aires de Campos, filha dos primeiros Condes do Ameal.

- Maria Máxima Vaz Preto de Barros, nasceu na Lousa em 10-06-1876 e foi baptizada nesse mesmo ano, tendo como padrinhos Pedro d’Ordaz Caldeira e D. Maria Benedicta. Casou em 1902 em Lisboa (Anjos) com Francisco Morão Pinheiro Ramos de Athayde.

Em 26-09-1865 foi nomeado Governador Civil de Castelo Branco, tendo sido exonerado em 14-01-1868; em 07-12-1869 foi novamente nomeado Governador Civil de Castelo Branco, tendo sido exonerado em 23-06-1870; foi ainda nomeado Governador Civil de Bragança por decreto de 08-08-1860 tendo tomado posse no dia 7 do mês seguinte; foi também nomeado Governador Civil de Lisboa, tendo tomado posse em 11 de Maio de 1877 até Janeiro de 1878.

Entre 1858 e 1885 foi eleito diversas vezes deputado por Chaves, Vila Real, Covilhã e Idanha-a-Nova; foi eleito Par do Reino em 1885, por Lisboa, e nomeado Par do Reino vitalício em 1898; em 1877 foi nomeado director-geral dos Correios e Telégrafos e em 1882 foi nomeado no cargo de director-geral dos Correios, Telégrafos e Faróis, a recém criada direcção geral de que foi o primeiro titular, tendo ocupado este cargo até 1893; em 1884 foi nomeado director-geral do Comércio e Indústria.

Foi à frente da Direcção Geral dos Correios, Telégrafos e Faróis, que mais se notabilizou: promoveu e alargou a base de funcionamento dos correios, criando um serviço postal como hoje o conhecemos; participou em diversas conferências internacionais e em 1885 organizou um Congresso Postal em Lisboa; escreveu relatórios e memorandos sobre os sistemas postais; montou a rede de faróis da costa portuguesa, e mais tarde promoveu a criação da rede telefónica, assinando em nome do governo o contrato com os ingleses, que trouxeram o primeiro telefone para Portugal.

A título de curiosidade refira-se que a 26 de Abril de 1882, quando o Director Geral dos Correios, Guilhermino de Barros, inaugurou a rede telefónica da capital, a companhia britânica tinha 15 subscritores. Um mês mais tarde era publicada a primeira lista telefónica, totalizando 22 assinantes ligados à rede da Edison. A Companhia cobrava uma taxa fixa anual, independentemente do número de conversações efectuado pelo subscritor.

Uma outra situação curiosa, mas relativa ao seu mandato como Governador Civil de Castelo Branco, refere-se à construção de um novo balneário nas Termas da Touca (Alpedrinha). Diz assim uma inscrição na fachada dos balneários: “Começou esta obra no ano de 1866, sendo Governador Civil, Guilhermino Augusto Barros. Findou no ano de 1874, sendo Governador Civil, João José Vaz Preto Geraldes”. Como se pode ver, uma intervenção de dois governadores civis com fortes ligações à Lousa.

Escreveu inúmeras poesias em diferentes periódicos literários, poesia ultra-romântica, ao jeito e à moda da sua época.

Foi na Lousa, em 1879, que Guilhermino Augusto de Barros escreveu o notável romance histórico “O Castelo de Monsanto” que se desenvolve em torno dos preparativos para a incursão de D. Afonso V, por Castela, reclamando o trono para sua sobrinha, D. Joana a Excelente Senhora, com quem entretanto casara. A personagem principal é Branca, chamada «A Pérola», sobrinha do cardeal de Alpedrinha, o famoso D. Jorge da Costa. A jovem e bonita Branca tem uma paixão pelo irmão do conde de Monsanto, D. Rodrigo de Castro.

Praticamente no fim da sua vida, escreveu, em 1894, o livro “Os Contos do Fim do Século”, um poema épico de elogio aos homens que promoveram a mudança da sociedade portuguesa ao longo do século XIX.

Era grande amigo de Alexandre Herculano com o qual trocava correspondência. Essa relação de amizade poderá estar na origem da visita que Herculano efectuou à Lousa tendo sido recebido em casa de João José Vaz Preto, onde também residia Guilhermino de Barros. Foi assim que Herculano relatou essa estadia em “Apontamentos de Viagem pelo País”:

Setembro 1 - Partida das Águas para a Lousa, a 4 léguas e a 5 de Penamacor. Bestas genuínas de Penamacor. Caminhamos uma légua de noite; madrugada abafadiça; o território pela maior parte nu e com leves acidentes .....

Deixamos à esquerda Monsanto, ponto fortíssimo pela altura e isolamento da montanha em que está colocado e que se avista de quase todos os pontos elevados aquém Estrela; o seu antigo castelo, foi modernamente substituído por novas fortificações que voaram em consequência de um raio .....

Descemos a um vale profundo e assaz largo, por cujo meio passa o Alpreade em cujo leito areado se vêem alguns pegos e mesmo correr alguma água, nos sítios onde se não some por baixo da areia. Sobem-se outra vez algumas ladeiras e encaminhamo-nos para a Lousa, quase escondida no horizonte no meio de um círculo de arvoredo; terrenos áridos e pobres, mas geralmente cultivados do cereal mais comum da Beira oriental, o centeio. Chegamos à Lousa. Somos recebidos em casa de João José Vaz Preto.

Setembro 6 – Passeio pela manhã cedo com João Vaz Preto até aos outeiros à esquerda da quinta da Lousa: propriedade destes terrenos pela sua configuração ondulada para a construção dos lagos lombardos. A manhã fresca e o céu puro. Horizontes bem distintos.

A Beira Baixa, olhando em volta, parece um plano onde se eleva ao centro o monte de Castelo Branco, em cuja encosta oriental alveja a cidade. Este plano parece fechado semi circularmente de sudoeste a norte pelo prolongamento da Serra da Estrela a Abrantes; ao sul e sueste pelas serranias do Alto Alentejo e ao nascente pelas alturas que correm para o sul desde o elevado ponto de Monsanto.

Creio que partimos depois para Castelo Branco, depois para Vila Velha de Ródão, onde embarcamos no bote do Guerra vindo todo o Tejo até Santarém, onde nos demoramos poucos dias. Daí para Lisboa.

Como homenagem, nos anos 50, foi atribuído o seu nome a uma rua da cidade de Castelo Branco, junto à igreja do Cansado (segunda transversal entre a Alameda do Cansado e a Rua do Matadouro) “Rua Guilhermino de Barros”.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

António Pires dos Reis

Faleceu no passado dia 20-10-2012, António Pires dos Reis, de 85 anos, casado. Era natural da Lousa e residia em Escalos de Cima. O funeral realizou-se para o cemitério de Escalos de Cima.

À família enlutada, Rabiscos Lousenses apresenta as mais sentidas condolências.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Peregrinação a Fátima: a Lousa esteve presente

(Foto enviada por Ana Guida Ferreira )

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

João Caroça Geirinhas

Faleceu no passado dia 09-10-2012, João Caroça Geirinhas, de 91 anos, casado. Era natural e residente na Lousa e o funeral realizou-se para o cemitério da Lousa.

À família enlutada, Rabiscos Lousenses apresenta as mais sentidas condolências.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Bibliografia: “Passinhos de Nossa Senhora”

Da autoria de Fernanda Frazão e editado pela Apenas Livros, Lda. em Maio de 2006, “Passinhos de Nossa Senhora” é uma colectânea do lendário mariano, onde se inclui a narração de diversos milagres atribuídos a Nossa Senhora dos Altos Céus.

Infelizmente a obra revela o pouco cuidado que a autora teve, uma vez que situa estas lendas de Nossa Senhora dos Altos Céus na Lousã em vez de Lousa e na região de Coimbra em vez de Castelo Branco.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Manuéis - Convívio 2012

É no dia 6 de Outubro que os Manuéis da Lousa vão realizar o seu tradicional convívio anual. Este ano o local escolhido é o restaurante do Roque (Alto da Lousa).

Quem quiser participar poderá inscrever-se nos locais habituais.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Quem foi Joaquim Manuel Botelho

Uma situação que sempre me intrigou no cemitério da Lousa, é a existência, mesmo junto à porta principal e bem no meio da passagem, de uma campa coberta com uma lápide em granito, sobre a qual muitas pessoas passam, principalmente nos dias em que há algum funeral.

Quando eu era miúdo e ia ao cemitério, fazia por tudo para não passar por cima dessa sepultura. Questionando quem era e porque o enterraram ali, lembro-me de ouvir na voz do povo que era um homem muito rico mas que tratou mal muita gente. Quando morreu foi ali enterrado para ser pisado, quando morto, por todos aqueles que maltratou, enquanto vivo.

Não sabendo o teor de verdade daquela razão, que também não respondia ás minhas questões, parti recentemente para uma pequena investigação que me ajudou, pelo menos, a identificar quem era a pessoa.

Decifrada a inscrição gravada na lápide e fazendo mais algumas pesquisas, verificamos que se encontra ali sepultado Joaquim Manuel Botelho, nada mais do que o fundador da família Botelho de Escalos de Cima, que tanto quanto sabemos nunca teve nada a ver com a Lousa, a não ser que frequentava a nossa igreja, como veremos mais adiante. Vejamos então um pouco dos costados e da descendência deste senhor:

- O Alferes Manuel Fernandes Carrilho, casado com Maria Jerónima, naturais da Lardosa, foram pais do Alferes Manuel Fernandes Carrilho Grilo.

- O Alferes Manuel Fernandes Carrilho Grilo, casado com Catarina Gonçalves Louro, filha de António Gonçalves Saraiva e de Maria Gonçalves Louro, da Lardosa, foram os pais de Manuel Fernandes Carrilho de Aragão.

- Manuel Fernandes Carrilho de Aragão, Capitão de Ordenanças casado com Isabel Maria Botelho, sobrinha do Vigário da Fatela, aparentada com Maria de Eça Teles, Administradora do Morgado do Paul, foram os pais de Joaquim Manuel Botelho.

- Joaquim Manuel Botelho, nasceu na Lardosa em 12-06-1761 e faleceu em Escalos de Cima em 16-08-1826 (ver assento de óbito mais abaixo), tendo sido sepultado no cemitério da Lousa. Foi Sargento Mor de Milícias, abastado proprietário em Escalos de Cima, onde exerceu o cargo de Inspector das Amoreiras e foi-lhe passada Carta de Brasão de Armas. Foi casado com Angélica Maria Joaquina Baptista Álvares, natural de Urgeira – Guarda e foram os pais de António Justiniano Batista Botelho.

Relativamente à sua descendência temos:

- António Justiniano Batista Botelho, natural dos Escalos de Cima, foi Bacharel. Do seu terceiro casamento com Joaquina Amália da Silva Biscaia Hortas de Gáfete, tiveram João Baptista da Silva Hortas Botelho em 23-05-1845 e Inês Angélica Hortas Botelho em 19-05-1846 a qual casou com José Lúcio Gouveia, 1º Barão de Gáfete em 23-05-1882 e faleceu em Gáfete (Crato) em 30-09-1931.

- João Baptista da Silva Hortas Botelho nasceu em Escalos de Cima em 23-05-1845. Casou com sua prima Maria José de Barros Castelo Branco, filha de Tomé de Barros de Castelo Branco e de Maria Cassiana Biscaia e Silva, e tiveram Tomé de Barros Botelho (sem geração), Maria da Conceição de Barros Botelho em 23-01-1874 que viveu e casou em Gáfete (Crato), com João Rafael de Morais, e Luís António de Barros Botelho em 22-09-1883 que casou com Maria do Sagrado Coração de Jesus Correia da Silva de Sampaio de Melo e Castro, que era filha dos 1ºs Viscondes de Castelo Novo.

Identificado o senhor, a sua origem e a sua descendência, falta apenas saber porque foi sepultado na Lousa em vez dos Escalos de Cima e porquê naquele local. Quanto a isso pouco ou quase nada descobrimos.

Consultando o Livro de Registo de Óbitos da Paróquia da Lousa, entre 1812 e 1859, encontramos o seguinte registo:

“Joaquim Manoel Bottelho viúvo natural de Escallos de Cima, e fregues desta Freguesia, faleceo com todos os Sacramentos em dezaceis de Agosto de mil oito centos e vinte e seis, e fez testamento. Foi sepultado no cemitério da Freguesia. E para constar fis este termo, que assinei. Louza dia mes era supra.
Vigº Fr. Joaquim Antonio Felisberto Grandella”

Este registo nada nos diz relativamente aos motivos, referindo apenas que Joaquim Manuel Botelho frequentava a igreja da Lousa (era paroquiano – fregues) e fez testamento. Diz também que faleceu em 16 de Agosto de 1821 o que contraria a data indicada na lápide.

Refira-se ainda que quando faleceu, os mortos nos Escalos de Cima eram sepultados no adro da igreja, pois só veio a ter cemitério em 1838. A Lousa já tinha cemitério desde 1815, localizado ao lado da igreja (entre a igreja e o quintal dos Goulões). O cemitério actual só foi construído em 1885, pelo que podemos concluir que terá sido sepultado no cemitério velho e trasladado, em 1885, para o cemitério novo, altura em que terá sido colocada a lápide.

Porque foi sepultado no cemitério da Lousa e naquele local, porque frequentava a igreja da Lousa em vez da de Escalos de Cima, são questões a que não sabemos responder, pelo que ficamos por aqui ... por enquanto.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Conseguir um empréstimo é "fogo"

Para quem acha que actualmente é difícil e complicado obter um empréstimo, vejam como era no ano de 1826, para conseguir um empréstimo de uma quantia equivalente a sete cêntimos na moeda actual.
A transcrição que fazemos é literal, quer na ortografia, quer na pontuação.



Escriptura de Juro de cinco por cento na forma da Lei novissima que toma Jose Domingues do Lugar da Louza termo desta Cidade de Castello Branco das maos do Thezoureiro da Irmandade das Almas do mesmo Lugar Jose Dias Capinha da quantia de quinze mil reis metalicos.
Saibão quantos este Publico Instrumento de Escriptura de juro de sinco por cento na forma da Lei Novissima ou como em direito melhor lugar haja e dizer se possa mais firme e valioso por virem que sendo no Anno do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Christo de mil oito centos e vinte seis aos vinte dias do mes de Junho do dito anno nesta cidade de Castello Branco no meu Escriptorio sendo presentes Jose Dias Capinha do Lugar da Louza Thesoureiro da Irmandade das Almas do dito Lugar de huma banda, e da outra Jose Domingues tam bem do ditto Lugar da Louza termo desta cidade de Castello Branco todos conhecidos de mim Tabaliaõ e das Testemunhas ao diante nomeadas e no fim asignadas de que dou minha fé verem os proprios que aqui nomeio e declaro e pelo dito Jose Domingues foi dito na minha presença e das mesmas testemunhas que elle tomava a razão de juro de cinco por cento na forma da Lei Novissima quinze mil reis metalicos das maos do Thezoureiro da Irmandade das Almas do dito Lugar Jose Dias Capinha, por tempo de hum anno somente, que principia a correr do dia da data desta em diante e hade findar em outro tal dia do anno de mil oito centos e vinte sete com a declaraçaõ de que elle devedor podera continuar na conservacaõ da dita quantia em seu poder e pelo mesmo rendimento todo o mais tempo que ella credora quizer conservar-lha. E logo pelo Devedor foi dito perante mim e Testemunhas ter ja recebido das maos da dita Irmandade a quantia mencionada de quinze mil reis metal e que se dava por entregue della e se obrigava a satisfazela e pagala com todos os Juros vencidos a dita Irmandade das Almas Credora findo que seja o dito tempo e por ella pedida em qualquer outro tempo em que lhe queira conservar o referido juro ao que tudo elle devedor se sujeita e obriga por sua pessoa e todos os seus bens em geral presentes e fecturos havidos e por haver os quaes todos em geral Hipothecao a esta Escriptura e em expecial Hipothecao Huma Morada de Casas com seu Logradouro no Lugar da Louza na Rua de Santa Maria que pegaõ com Jose Cardoso e com Jose Nunes as quais saõ suas livres e tarem largadas de foro, de Capella Vinculo ou Morgado, e nem estaõ sugeitas a outra alguma Escriptura de Divida, ou fiança, mais do que tao somente a esta Escriptura a que voluntariamente e sem constrangimento de pessoa alguma as Hipotheca. E pelo mesmo foi mais dito que alem da sua Hipotheca e para maior segurança da dita irmandade credora, e validade desta Escriptura nomeava e offerecia por seu fiador abonador e principal pagador Antonio Duarte Jueirinhas Lavrador deste Lugar e bem conhecido de mim Tabaliaõ e das mesmas Testemunhas disse na minha presença e das sobreditas Testemunhas de que dou minha fé que elle muito de sua livre vontade e sem que fosse induzido nem constrangido por pessoa alguma ficava por fiador, abonador e principal pagador do Outorgante devedor Jose Domingues e se obrigava por sua pessoa e por todos os seus bens em geral a satisfazer a dita Credora a mencionada quantia de quinze mil reis em metal que haviaõ recebido por maõ do seu Thezoureiro. E logo pelo dito Devedor foi mais dito na minha presença e das Testemunhas que elle se obrigava por sua pessoa e por todos os seus bens em geral a tirar para, e a salvo desta fiança ao dito seu fiador de tal forma que este em razaõ desta sua fiança nunca viria a ter o mais leve prejuizo em sua pessoa nem em seus bens, e por isso no caso delles devedores naõ pagarem no tempo em que lhe for pedida pela Credora a mencionada quantia querem e he sua vontade que a dita credora ponha contra elle Devedor a competente acçaõ de assignaçaõ de des dias, e que no caso que mudem de domicilio se obrigaõ com tudo a responder no Juizo do Geral desta cidade, e que desde ja renunciaõ o Juizo de seu foro. E logo pelo Thezoureiro da Irmandade das Almas foi dito na minha presença e das testemunhas que elle aseitava a presente Escriptura com todas as clausulas e condiçoes asima extipuladas assim o disseraõ e outorgarao e pediraõ a mim Tabaliaõ que esta Escriptura lhe fizesse estipulasse, e aceitasse a qual eu fis estipulei, e aceitei como pessoa Publica que sou. Outorgante e Extipulante em nome das partes presentes e ausentes a quem devesse tocar possa em razaõ do meu Officio e por mim ser Distribuída como se ve do Bilhete da Destribuiçaõ do theor seguinte – Escriptura de juro de sinco por sento na forma da Lei que toma Jose Domingues do Lugar da Louza deste termo da quantia de quinze mil reis metalicos das maos do Thezoureiro da Irmandade das Almas Jose Dias Capinha do mesmo Lugar da Lousa no anno de mil oito centos e vinte sinco no mes de Dezembro do dito anno Destribuida ao Tabaliaõ Silva a folhas duzentos e sete verso em o primeiro de Maio de mil oito centos e vinte seis = Crespo = Manifestada a folhas cento e setenta e oito verso do Livro Competente = Leitaõ = Numero trinta e dois a folhas treze do Livro oitavo pagou quarenta reis de Sello Real. Castello Branco dois de Maio de mil oito centos e vinte seis = Pentiado = Mattos = Não se continha mais no dito Bilhete, manifesto, e Sello Real que aqui fiz copiar bem e fielmente via verdade e foraõ em tudo Testemunhas presentes que viraõ fazer e ouvirao Ler Domingos Martins Ramos, e Jose Vas Ratto ambos deste Lugar da Louza e conhecidos de mim Tabaliaõ de que dou minha fé e Eu Antonio da Matta e Silva Escrivão que o escrevi e em fé de tudo asignei.
Jose + Domingues
Jose + Dias Capinha o Velho
Antonio Duarte Geirinhas
Jose + Vas Ratto
Domingos Martins
Antonio da Matta e Sª

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Assembleia de Freguesia

A próxima Assembleia de Freguesia vai realizar-se no dia 18 de Setembro, pelas 21h30m, no salão anexo à Junta de Freguesia, e terá a seguinte ordem de trabalhos:

Ponto 1 - Apreciar uma informação escrita do Presidente da Junta sobre a actividade exercida e a situação financeira da freguesia.

Ponto 2 - Apreciar e discutir o conteúdo da Lei 22/2012 de 30 de Maio que aprova o regime jurídico da reorganização administrativa territorial autárquica e deliberar e emitir parecer nos termos do nº 4 do Artigo 11 da referida lei.

Os períodos de antes da ordem do dia e depois da ordem do dia, serão preenchidos nos termos do Regimento.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Recordando ... (XLII)

Provas de perícia da Lousa em Maio de 1992 e 1993.

Desconhecemos o autor destes vídeos colocados recentemente no YouTube, mas não podemos deixar de lhe agradecer por nos ter presenteado com esta relíquia. Aqui ficam 53 minutos de filme para quem quiser recordar.




segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Bibliografia: “As Luzes de Leonor”

Da autoria de Maria Teresa Horta e editado pela Dom Quixote em Maio de 2011, “As Luzes de Leonor” é uma obra que se poderá incluir entre as grandes obras literárias do século XXI, onde história e literatura se misturam para nos conduzir ao século XVIII e à história de vida, extraordinária e aventurosa, da Marquesa de Alorna, uma figura feminina ímpar na história literária e política de Portugal, que seduz os espíritos mais cultos da época, o chamado “século das luzes”, e abre as portas ao romantismo em Portugal.

O livro inclui algumas referências à permanência do Marquês de Alorna na Lousa, quando foi Comandante da Legião Lusitana, a qual esteve estacionada em 1800-1801 na aldeia da Lousa (ver mais pormenores sobre este assunto aqui).

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Cada vez mais campeão

Mais um javali abatido na noite de domingo.
Parabéns Luis.

(Foto de Luis Farinha)

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Mais fotos do Convívio Benfiquista 2012

(Fotos de Ana Abrantes)
              

Mais fotos da Festa de S. Sebastião 2012

(Fotos de Ana Abrantes)
 

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Atuação da banda Wear Your Super Jacket nos Festins de Alcains

Atuação da banda Wear Your Super Jacket no passado dia 24 de Agosto nos Festins de Alcains, na qual o baterista é o nosso conterrâneo Filipe Gomes.

(Fotos de João Miguel Baltazar)